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action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home3/thaiss67/public_html/blog/wp-includes/functions.php on line 6114Artigos sobre diversos temas na psiquiatria e saúde.
O preconceito contra a doença fecha os nossos olhos para um problema que é muito óbvio no nosso dia-a-dia.
O termo depressão, na linguagem comum, é utilizado para designar tanto um estado de tristeza, quanto um sintoma, uma síndrome e uma ou várias doenças.
A depressão (doença) é mais comum do que você pode imaginar, aliás é muito comum, estima-se que nos atendimentos primários de saúde ela seja responsável por 5-10% dos cuidados e que em 2020 será a maior causa de incapacidade do mundo. Logo ali, em 2020, será a causa mais comum de incapacidade, isso mesmo, vou repetir, em 2020 será a causa mais comum de incapacidade. Estima-se que a cada 3 pessoas 1 pessoa tenha sintoma depressivo, sendo as mulheres 2 vezes mais acometidas.
Eu não estou falando daquele sentimento comum de tristeza que se constitui na resposta humana universal às situações de perda, derrota, desapontamento e outras adversidades, aquela tristeza que é uma resposta adaptativa do organismo. Mas da tristeza que se associa com uma melancolia diferente do normal. E uma das piores coisas que acompanha uma pessoa com depressão é o estigma social que vem junto. O problema só se agrava quando o paciente além te ter que lidar com o sentimento constante de tristeza, o negativismo, ainda tem que lidar com a pressão social. É muito comum que os familiares e amigos próximos condenem o doente dizendo que ele é preguiçoso, que ele não se ajuda, que alimenta pensamentos negativos, mas o que acontece é o inverso, é a doença que faz a pessoa ficar assim.
Existe uma expectativa de que muita gente com depressão está sem diagnóstico, sem tratamento e tem muita gente com medo de se tratar apesar dos tratamentos efetivos. Preconceito?
Até que a pessoa se dê conta que está doente ela já passou muito tempo sem qualidade de vida e com comprometimento no trabalho, no lazer e na sua família. Quando ela recebe o diagnóstico ou fica com medo das medicações ou fica com medo de ser julgada e boa parte dos pacientes omitem que está com depressão e/ou se tratando. Muitas vezes os sintomas de indisposição, insegurança, falta de prazer, raiva, e outros, são considerados pelos pacientes e até pelos próprios médicos como devidos a circunstâncias sociais. Contudo, temos que ter em mente que a depressão tem alto potencial de morbidade e mortalidade, sendo responsável, por até 50% dos casos de suicídio e piorando outras doenças clínicas, além de predispor a mais consumo e abuso de substâncias. Como se não bastasse, a depressão ainda reduz a capacidade de experimentar emoções positivas.
A vida sozinha já traz diversas dificuldades para serem superadas, manter relacionamentos, arranjar emprego, cuidar dos filhos, da casa, se preocupar consigo mesmo, imagine a vida de uma pessoa que sofre de depressão e ainda tem que lutar contra o preconceito?
Sempre reforço que depressão não é frescura, não é falta de vontade, preguiça, falta de caráter, depressão é uma doença, pode acontecer com qualquer um. Portanto, passar essas informações adiante fazem a diferença, aumenta a chance de uma pessoa buscar tratamento e reduz o estigma.
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