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Brain Fog e Covid: Você sabe o que é e a sua relação?

Brain fog – ou, em tradução literal, névoa mental – diz respeito a um estado de confusão, esquecimento, distração, dificuldade de concentração e pouca clareza mental. Não é um termo médico, científico, mas diz respeito a sintomas de um pensamento lento ou pensamento confuso. A sensação referida pelo paciente é de que o cérebro ainda não “está ligado” ou “funcionando direito”. As queixas estão entre dificuldades de se concentrar, de estabelecer e manter o foco, concatenar as ideias, raciocínio lerdo, a comunicação fica confusa, parecendo que o cérebro está “envolto em fumaça ou numa neblina”. Todos nós experimentamos esse tipo de sensação alguma vez na vida e ela é bem descrita em quadros de taquicardia postural, seja quando estamos exauridos, ou gripados, quando estamos em alterações de fuso horário, numa privação de sono ou em outros estados de adoecimento.

Com a pandemia de Covid-19, as queixas de brain fog pós-covid se tornaram mais comuns, e, às vezes, a lentidão da cognição pode fazer com que esse perfil de pacientes sofram muito mais com esses sintomas. Apesar da prevalência ser constante, não existem ainda modelos científicos que expliquem a fisiopatologia dessa situação. Talvez o próprio processo inflamatório que ultrapassa a barreira hematoencefálica com liberação de citocinas seja responsável por diminuir por um tempo mais longo a capacidade cognitiva de alguns pacientes acometidos por Covid. O desequilíbrio entre a inflamação e os neurônios pode ser a causa.

Não existe uma medicação específica que trate o Brain Fog, A gente sabe que o cansaço é um gatilho e cuidar do descanso é fundamental para ajudar na melhora. A dica para amenizar a situação é não levar a mente à exaustão, procurar retornar de forma mais lenta e gradual as atividades, tanto o trabalho quanto às atividades físicas, mas retornar. Uma quantidade e uma qualidade de sono adequada, assim como a alimentação saudável,  também contribuem para amenizar as alterações cognitivas.

Se os quadros forem atípicos, durarem mais de 2 meses ou virem acompanhados de outros sinais de alarme, é importante procurar o médico para avaliar.

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